terça-feira, 31 de julho de 2012

Obrigado,Levezinho!



Desde a estreia na primeira passagem até o jogo de despedida, Liédson incorporou o espírito guerreiro, vestiu a camisa 9 como poucos nos quase 102 anos de história do Corinthians e se tornou ídolo da Fiel. De 25 de janeiro de 2003 a 08 de julho de 2012, com um intervalo de oito temporadas, quando fez sucesso no futebol português, o atacante entrou em campo pelo Timão 111 vezes, marcou 50 gols e conquistou três títulos - Campeonato Paulista (2003), Campeonato Brasileiro (2011) e Libertadores (2012).

Na primeira passagem, Liédson chegou como um dos principais reforços para a disputa da Libertadores de 2003. A equipe, que vinha de um ano quase perfeito - em 2002, foi campeã da Liga Rio-São Paulo, da Copa do Brasil, e vice do Brasileiro -, entrava forte para tentar a conquista inédita do torneio continental. Com o novo camisa 9, o Timão venceu o Paulista, mas caiu para o River Plate, da Argentina, nas oitavas de final da Libertadores. Após a eliminação, o jogador recebeu proposta irrecusável do Sporting, de Portugal, e se transferiu para o futebol europeu.

Em oito temporadas, Liédson não só virou ídolo do Sporting, mas também conquistou toda a admiração da população portuguesa. Naturalizado, passou a defender a Seleção de Portugal. Convocado para a Copa do Mundo de 2010, anotou um gol na goleada de 7 a 0 sobre a Coréia do Norte, em jogo válido pela primeira fase da competição.

Em fevereiro de 2011, Liédson desembarcou em São Paulo. O destino era novamente o Corinthians. O momento, entretanto, era bem diferente da chegada na primeira passagem. O Timão acabava de ser eliminado traumaticamente para o Tolima, da Colômbia, na primeira fase da Copa Libertadores e 'Levezinho', apelido que ganhou durante as oito temporadas de sucesso no futebol português, era uma das esperanças para a fase de retomada do equilíbrio da equipe. Além disso, havia também o peso de substituir Ronaldo Fenômeno, que acabava de anunciar sua aposentadoria.

Liédson parece ter gostado da situação adversa. Pelo Campeonato Paulista, no dia 09 de fevereiro de 2011, no Pacaembu, o atacante reestreou pelo Corinthians e balançou a rede duas vezes na vitória de 4 a 0 sobre o Ituano. Com excelente desempenho do Levezinho, o Timão chegou à final do Estadual, mas ficou com o vice-campeonato. A performance individual do atacante, no entanto, ficou em primeiro lugar. Ao lado de Elano, do Santos, ele foi o artilheiro da competição com 11 gols.
Na sequência do trabalho, Liédson continuou a fazer os seus preciosos gols. O atacante balançou as redes em momentos importantes na vitoriosa campanha do Campeonato Brasileiro de 2011. Com 12 tentos, foi o artilheiro da equipe na competição nacional. Muitos deles, como os da virada sobre o Flamengo ou o da vitória sobre o Figueirense na penúltima rodada, ficarão marcados para sempre na memória da Fiel.

Em 2012, Liédson também marcou presença na conquista de um dos títulos mais importantes da história do clube: a Libertadores. O atacante começou a competição como titular, anotou um gol no último jogo da primeira fase - goleada de 6 a 0 sobre o Deportivo Táchira, da Venezuela - e entrou em momentos importantes durante as fases de mata-mata. Na segunda partida da semifinal, por exemplo, sofreu a falta que resultou no gol de empate - e da classificação - contra o Santos, no Pacaembu.

Antes de partir, Levezinho ainda teve tempo - e talento - de fazer o último gol pelo Corinthians. Na Ilha do Retiro, em Recife-PE, o atacante fez o gol corinthiano no empate de 1 a 1 contra o Sport em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro. Os números e estatísticas de Liédson no Timão são extremamente favoráveis e indiscutíveis. No entanto, não conseguem mensurar o que o atacante fez com a camisa alvinegra. Os gritos de 'Li-é-dson', 'Li-é-dson', 'Li-é-dson' ficarão eternizados na história do clube paulista.

Por toda a sua dedicação e talento durante os anos de serviços prestados, o Sport Club Corinthians Paulista não poderia desejar menos do que muita sorte e sucesso nos próximos passos de sua carreira. Obrigado, Liédson!


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